quarta-feira, 22 de julho de 2009

Metodologia


Para entendermos a metodologia é necessário olharmos a pedagogia de Jesus. Jesus, primeiramente, mostrou, em sua vida, a presença da misericórdia e do poder salvífico de Deus. Compreendeu cada um dos apóstolos, dos discípulos e discípulas na sua identidade e em circunstâncias bem concretas: Acolheu, criou relações de amizade, ajudou, perdoou, consolou, fortaleceu, abençoou, serviu até o extremo de oferecer sua vida. Os discípulos e discípulas perceberam e vivenciaram esta experiência de serem chamados e de se sentirem amados.
1º. Jesus, antes de tudo, se esforça para compreender a situação do ouvinte. Antes de falar, faz-se amigo. Compreende a pessoa e procura conhecê-la, amá-la e ajudá-la em suas dúvidas, necessidades e interrogações.
2º. Jesus procura convencer o seu ouvinte ajudando-o a descobrir uma nova realidade ou a interpretá-la de um modo novo. Jesus parte para a experiência vivida. Ele quer a comunhão com os irmãos para que todos vivam em família, em comunidades. Sua pedagogia não se finaliza com a pessoa isoladamente. É uma pedagogia para a missão. Cada pessoa torna-se discípulo de Jesus com o objetivo de "ir e fazer discípulos/as". "Vai e anuncia aos irmãos e irmãs".
3º. Jesus quer a conversão, a mudança de atitudes para uma vida de alegria. Jesus quer que todos descubram a alegria da Boa Nova do Reino. A descoberta de um tesouro provoca uma grande alegria, necessariamente, partilhada com irmãos e irmãs (cf. Boa Nova já chegou, p 40s).
Esta metodologia, na Infância Missionária, vai acontecendo por meio de Encontros dos grupos de crianças. Os Encontros são semanais e se desenvolvem, de forma orgânica, em quatro áreas, que correspondem às etapas ou áreas da formação missionária e do seguimento de Jesus.

O que é Infância Missionária

Esta Obra surgiu para auxiliar os educadores a despertar, gradualmente, a consciência missionária nas crianças, animá-las a fim de compartilharem sua fé e os seus bens materiais com as próprias crianças das regiões e Igrejas mais necessitadas e promover as vocações missionárias a partir da idade mais tenra.
A intuição de D. Carlos de Forbin-Janson de pedir à Igreja um gesto permanente de sua maternidade e a ousadia de comprometer as crianças cristãs com gestos concretos de fraternidade sem fronteiras, alcançou, nos mais de 160 anos de existência, uma força incontida.
Nunca se saberá - na contabilidade humana - o quanto as crianças da Infância Missionária recolheram e recolhem em favor de seus irmãos nas missões.
No ano de 1946 surge das Nações Unidas a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), com o objetivo de contribuir para a infância no mundo subdesenvolvido. Mas um século antes, no seio da Igreja, surgiu a primeira organização mundial em favor da infância desamparada, com um programa mais amplo do que da UNICEF: ajudar não só nas necessidades físicas, mas também espirituais e para o conhecimento do verdadeiro Deus.
Apoiada por todos os Papas desde a sua fundação, Pio XI elevou-a à categoria de Obra Pontifícia, em 1922, porque se desenvolveu com o apoio da Santa Sé que, ao fazê-la própria, lhe concedeu um caráter universal. Por ser Pontifícia está diretamente ligada ao Vaticano - ao Papa - particularmente à Congregação para Evangelização dos Povos (antigamente Propaganda Fide), coordenada por meio de um Presidente e o Secretário Internacional da Obra e observa as finalidades de animação, formação e cooperação missionária.